PARE DE ELOGIAR TANTO O SEU FILHO!

aplausoPARE DE ELOGIAR TANTO SEU FILHO!

ELOGIO CRÔNICO FAZ MAL!

 

PARE DE ELOGIAR TANTO SEU FILHO!  Todos nós queremos que nossos filhos sejam bem sucedidos e felizes na vida. Nas últimas décadas, entretanto, deu-se uma exagerada importância à questão da autoestima. Com ela, gerando atitudes educativas de reforço incondicional à inteligência da criança, ao seu sucesso acadêmico e esportivo e, na vida adulta, econômico.

 

Nós pais acreditamos que, elogiando a inteligência de nossos filhos, criaríamos uma conta infindável de autoestima. Ela, por sua vez , garantiria o sucesso vida afora. Sem contar que nos agrada, narcísicamente, pensar que nosso filho é um gênio, reforçando a expressão: filho de peixe peixinho é!

 

− “Uau, você conseguiu um A sem estudar.”

− “Seu desenho é maravilhoso – você será o próximo Picasso!

 

Pois bem! Estudos atuais contestam esta ideia. Carol Dweck, psicóloga da Universidade de Stanford, escreveu um livro chamado Mentalidade, a nova psicologia do Sucesso ( Mindset: The New Psychology of Success , Ballantine Books, 2007), aonde descreve os resultados de uma extensa pesquisa sobre como as pessoas lidam com o insucesso.

 

Para o estudo, pesquisadores dividiram 128 alunos da quinta série em grupos e deu-lhes um teste de QI simples. A um grupo foi dito que tiveram resultados excelentes e que deviam ser muito inteligentes. Ao outro grupo foi dito que se saíram muito bem e que devem ter trabalhado arduamente para conseguir resultados tão bons. Resumindo, um grupo foi elogiado pela sua inteligência, o outro pelo esforço.

 

Em seguida perguntaram aos dois grupos se queriam fazer um outro teste um pouco mais difícil. Surpreendentemente, as crianças elogiadas por sua inteligência ficaram relutantes. Já aquelas do grupo elogiado pelo esforço, 90% se mostrou ansioso para realizar a tarefa mais desafiadora. No final do estudo concluiu-se que o grupo de esforço teve um desempenho significativamente melhor do que o grupo elogiado pela inteligência.

 

Insegurança

Este resultado mostra que elogiar constantemente, inflando a autoestima da criança pode gerar insegurança, vergonha e culpa pelo insucesso. Uma educação focada no sucesso, com expectativas exageradas de que a criança seja perfeita cria uma mentalidade rígida de pensamento, aonde ou se é vencedor ou perdedor. A criança, mais do que aprender, precisa provar o tempo todo que é a inteligente, a melhor da turma, etc. Quando acontece um fracasso ela se deprime e se desvaloriza .

 

Estudantes com estas características encaram insucessos como catástrofes e até já se descreveu uma doença do CEO, uma espécie de hipermania ou bipolaridade, aonde o sujeito ou consegue grandes negócios ou experimenta uma depressão impotente.

 

Segunda esta autora a educação infantil deve trocar o foco do sucesso e do talento nato ( “Meu filho é um gênio “) pelo do esforço constante e da persistência.

 

Afinal, a vida traz mudanças e problemas o tempo todo, mesmo para quem é inteligente, bonito, rico, etc., etc., etc. Aprender a resolver problemas e encarar as dificuldades como normais, isto sim, é um patrimônio que auxiliará seu filho , para o resto da vida!.

Assista as entrevistas, são rápidas e muito interessantes.  Ted Talk com Carol Dweck    ,     Entrevista com Carol Dweck.