MEDO DE DRAMATIZAR

 livro MarinaMEDO DE DRAMATIZAR

 

Você tem medo de dramatizar? Não é difícil observar um terapeuta jovem perguntar a seu paciente se ele quer dramatizar tal ou qual cena. Menos raro ainda é obter como resposta um não – porque ele, paciente, está cansado, porque hoje não é um bom dia etc. O que se observa aqui é uma complementariedade dos sistemas de defesa paciente-terapeuta.

 

Como se o paciente respondesse exatamente aquilo que o medo do terapeuta deseja, ou seja, não trabalhar dramaticamente. Uma possível forma de racionalização do terapeuta seria : ” foi o paciente quem não quiz dramatizar,- eu bem que tentei!”

 

Melhor seria que, com medo ou não, esse terapeuta se levantasse da sua própria cadeira, andasse pela sala e chamasse seu paciente: Vem, vamos trabalhar!  É um convite imperativo o que se necessita desenvolver, não um convite condicional ( na realidade condicionado pelas defesas do terapeuta).

Papel do docênte

Já há muito observo, desde meu papel de professora e supervisora, que parte das dificuldades que jovens terapeutas atribuem ao “cliente difícil que não aceita dramatizar”, na realidade constitui uma dificuldade deles próprios iniciarem o tratamento de forma didática para o cliente e levá-lo adiante de forma segura e tecnicamente capacitada.

 

Enfim, estimulada pelas perguntas maravilhosas dos meus alunos, comecei a criar, sínteses, folhas-resumo, tabelas, desenhos, enfim tudo o que podia para tornar mais claras, minhas idéias e minha prática. Espero que estas sistematizações possam ser úteis aos que procuram desenvolver seu papel de psicoterapeuta. Desenvolverei minhas idéias em oito tópicos descritos a seguir:

 

  1. Como estabelecer uma relação terapêutica que facilite a prática psicodramática posterior: contrato (hora, local preço, reposições); entrevistas, pacientes que não querem dramatizar, etc.
  2. Enquadre Básico da Psicodrama Bipessoal
  3. Como Auxiliar o cliente ¾ ele e não o terapeuta ¾ a escolher, focar e aprofundar um tema e se é melhor utilizar um psicodrama com cena aberta ou um psicodrama interno
  4. Aquecimento e Manutenção do Aquecimento, num Psicodrama de Cena Aberta.
  5. Trabalho com a Cena Inicial, encadeamento de e como articular o tempo ¾ presente, passado e futuro ¾ na dramatização
  6. Decidir qual técnica, dentre as existentes utilizar
  7. Psicodrama com Cena Regressiva – a criança interna do adulto
  8. Como finalizar uma dramatização e manejar o fim da sessão quando o tempo se esgotar no meio de uma dramatização.

 

Leia artigo completo  Psicodrama Bipessoal- passo a passo em https://www.rosacukier.com.br/artigos/

E no livro de Marina Vasconcelos :”Quando a psicoterapia trava”  –    http://www.gruposummus.com.br/agora/livro/1053/Quando+a+psicoterapia+trava;blog:

http://marinavasconcellos.com.br/